Governança Corporativa: É importante para a longevidade de meu negócio?
Governança Corporativa: É importante para a longevidade de meu negócio?
O conceito de Governança Corporativa vem se difundindo cada vez mais nas empresas e no mundo empresarial, segundo o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, ela é definida como “o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Este conceito está relacionado a como os donos da empresa, seja ela de um único dono, grupo de sócios ou muitos como no caso de uma S.A., delegam a tomada de decisão na empresa em seus diferente níveis, no caso as melhores decisões para o seu negócio.
Cada vez mais as empresas, independente do tamanho, necessitam de decisões mais profissionais. O mundo dos negócios tem baixa tolerância à tomada de decisão equivocada, aquelas que são decididas muitas vezes na pressa e com base no feeling e da experiência. Não que a experiência não seja importante nas empresas, pelo contrário, ela é essencial, o tema é que a margem de manobra está cada vez mais estreita e ter instrumentos que contribuam para decisões mais acertadas é o melhor caminho.
Assim, a decisão baseada em fatos e dados e aliada à experiência dos profissionais é a que costuma conduzir aos melhores resultados.
Decisões erradas costumas ter punição muitas vezes imediata, com a perda de mercado, perdas financeiras e até conduzem a crises empresariais.
Em algumas situações leva algum tempo para ser sentido pelos sócios, mas o fato é que a más decisões e consequente ações equivocadas cobram o seu preço no mundo empresarial.
A governança corporativa quando implantada numa empresa, cria um arcabouço para a tomada de decisão assertiva, que a conduza à criação de valor e à longevidade.
Por falar em longevidade, as estatísticas nos mostram números bem duros quanto à sobrevivência das empresas familiares, segundo um estudo conduzido pelo SEBRAE, apenas 30% conseguem fazer a transição para a segunda geração, aquela na qual os filhos passam a conduzir a empresa no lugar dos fundadores.
Desses 30% apenas 12% conseguem chegar à terceira geração.
Numa conta simples, de cada 100 empresas familiares fundadas, apenas 30 chegam à segunda geração e destas apenas 5 chegam à terceira geração, ou seja, de casa 100 empresas fundadas ao final apenas 4 chegarão a ser conduzidas pelos netos dos fundadores.
Muitas são as razões para que isso ocorra, desde problemas relacionados a questões externas à empresa, como mudanças mercadológicas, questões regulatórias, concorrência, etc., como questões internas como má gestão, falta de profissionalização, equipe adequada, etc.
O fato é que as que sobrevivem tem conseguido através de um olhar mais criterioso a alguns aspectos importantes na governança das empresas, que é seu direcionamento para a Mitigação de Conflitos Familiares, o Planejamento da Sucessão e a Capacidade da Geração de Valor ao longo do tempo.
Estes são temas muito relevantes quando falamos de empresas familiares que atingem um nível em que é necessário mudar de estágio para sobreviverem ao longo do tempo.
Neste aspecto, a governança corporativa oferece ferramentas e metodologias específicas que mitigam o risco, como a criação de Conselho Consultivo, que podem evoluir para um Conselho deAdministração, a Governança Familiar e o Conselho de Sócios, também ferramentas de gestão como o Planejamento Estratégico e o Planejamento Orçamentário e Financeiro, dentre outras que podem auxiliar a sua empresa a viver um novo ciclo de prosperidade.
Este tema da governança nos remete à metáfora da banda musical, para aqueles que não a conhecem, a resumo numa situação em que uma pessoa que toca um instrumento musical, gosta de música e convida dois amigos para formar uma banda, depois de algum tempo tocando juntos, todos já se conhecem bem e fazem aquele som maravilhoso aos ouvidos de outros amigos.
Contudo, se a banda evolui ao nível profissional, tocar somente de ouvido já não será mais viável. Além de muito ensaio e dedicação, serão necessárias outras ferramentas para impulsionar e elevar o nível da banca musical, como estúdio de som, instrumentos melhores, partituras, etc., a fim de se obter a qualidade de som ao nível competitivo não somente aos ouvidos dos amigos mas também de outras qualidades de ouvintes.